Itabuna garante condições para volta da gestão plena na Saúde
“Temos elementos suficientes para mostrar ao Conselho Municipal de Saúde que o Município tem a capacidade e a condição de retomar o comando único no mês de junho”, como sinalizam o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Estado (SESAB). A afirmação é do secretário de Saúde de Itabuna, Renan Araújo, no auditório da Santa Casa de Misericórdia na sexta-feira, durante o anúncio da volta da gestão plena da Saúde para o município. Para Renan o processo para volta da plena é consequência de um processo de reorganização e melhoria do setor na atual da administração municipal. “O retorno do comando único fortalece a capacidade de gestão”.
No entanto, o secretário alerta que a retomada da gestão plena não resolve sozinha todos os problemas, pois a saúde pública exige esforço contínuo. Renan esclareceu que tem incentivado na equipe a busca de mecanismos novos e criativos para, em paralelo à busca pela manutenção ou elevação do teto financeiro, impulsionar os serviços de saúde.
Renan Araújo disse que uma das principais prioridades é estruturar a rede de atenção a saúde. Para tanto, segundo o secretário, algumas medidas devem ser tomadas com a volta da gestão plena, como as inclusões do Hospital Manoel Novaes na Rede Cegonha do Ministério da Saúde, do Hospital São Lucas, por ser um hospital 100% SUS, na lista de incentivo e do Hospital de Base na Rede de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde.
Além disso, o secretário destacou as melhorias na Atenção Básica, a regionalização do SAMU-192, a conclusão das reformas das unidades básicas de saúde e construção de novas, além da criação do Consultório na Rua, a requalificação do CAPS e a implantação de duas Unidades de Pronto Atendimento – UPA que já estão em processo adiantado no Ministério da Saúde.
Também durante a solenidade, o Secretário de Saúde do Estado, Jorge Solla, explicou que há quase cinco anos houve uma descaracterização da gestão municipal, com esvaziamento da rede municipal de saúde e o não pagamento dos prestadores do SUS, "com isso, o Conselho (Municipal de Saúde) apresentou a proposta de desabilitação da gestão plena”. Solla assegurou que da mesma forma que o Conselho tomou a decisão de solicitar a desabilitação da plena terá a última palavra na decisão sobre a volta para o Município. “É um processo que foi aberto pelo Conselho e só será fechado por ele”.
O titular da SESAB destacou que quer realizar a transição ao mesmo tempo em que serão implantados os programas Rede de Urgência e Emergência e Rede Cegonha. “Será um processo de fortalecimento das redes prioritárias do SUS”, disse Solla.